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  3. Compatibilidade das misturas em tanque.

 Em 11/10/2018 foi instituída a Instrução Normativa n. 40 que permite a realização de misturas de defensivos em tanque para aplicação conjunta nas lavouras. A prática é considerada de muita importância, especialmente por conferir mais praticidade operacional e economia nas aplicações.

 Mas nem tudo são flores, apesar das vantagens, muitos produtos são adicionados em uma mesma calda de pulverização. Em média, uma calda para uma única aplicação contém até cerca de 7 diferentes produtos, sejam eles defensivos químicos ou biológicos, adjuvantes e adubos foliares.

 Devido a amplitude de produtos formulados encontrados no mercado, a quantidade de misturas possíveis é imensurável. Com isso, surgem as dúvidas – e os problemas – envolvendo a compatibilidade entre esses ativos.

A importância da pré-mistura de calda

 A incompatibilidade química ocorre principalmente devido ao pH da calda e pela dureza da água. Já a incompatibilidade física se dá pelas interações entre as formulações dos diferentes produtos. Esta segunda resulta na formação de aglomerados que não se solubilizam na calda, provocando decantação no tanque, entupimentos de filtros de pulverização e aumento de espuma.

 O teste da garrafa é uma estratégia utilizada para validar a qualidade da mistura antes que a calda seja preparada no tanque. Esse teste nada mais é do que uma mistura prévia dos produtos na exata proporção esperada no tanque. Ou seja, é realizada a mistura em escala reduzida, simulando a sequência e a quantidade proporcional dos itens adicionados, exatamente como ocorreria no tanque do pulverizador.

 Pode-se utilizar garrafas plásticas do tipo PET, e para cada produto deve-se medir previamente as quantidades. Após isso, deve-se adicionar os componentes da calda na seguintes ordem:

1 - Água

2 - Pó Molhável (WP)

3 - Grânulos dispersíveis em Água (WG)

4 - Adjuvantes de compatibilidade

5 - Suspensão doncentrada (SC)

6 - Concentrado emulsionável (EC)

7 - Concentrado solúvel (SL)

8 - Fertilizantes foliares

9 - Outros adjuvantes (óleo, espalhante...)

 A pós adicionados todos os componentes da mistura, agitar o frasco e deixá-lo em repouso para avaliação da estabilidade conforme a tabela a seguir:


 Trazendo para o cenário do controle biológico, há ainda outro fator que requer atenção nas misturas: a interação dos ativos biológicos com inseticidas, herbicidas e principalmente fungicidas químicos. Muitas destas interações já são conhecidas, porém é importante ressaltar que em caso de dúvidas deve-se sempre consultar um Engenheiro Agrônomo de confiança.


Referências:

MANUAL DE TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO/ANDEF - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE DEFESA VEGETAL. -- Campinas. São Paulo: LINEA CREATIVA, 2004.

Ribeiro, M. F., & Silva, R. Z. da. (2016). COMPATIBILIDADE “IN VITRO” ENTRE DEFENSIVOS ALTERNATIVOS E O FUNGO ENTOMOPATOGÊNICO METARHIZIUM ANISOPLIAE. AGRI-ENVIRONMENTAL SCIENCES, 1(2)

CADERNO 01/2011. MISTURA EM TANQUE. São Paulo: AENDA, 2011

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